quarta-feira, 21 de junho de 2023

Intemperismo

        O intemperismo é um processo natural que acontece na natureza e faz com que as rochas e minerais da Terra se desgastem e mudem ao longo do tempo. Isso acontece porque as rochas estão constantemente expostas a diferentes elementos da natureza, como a água da chuva, o ar, a temperatura e até mesmo os seres vivos.

        O intemperismo pode acontecer de três maneiras diferentes:

Intemperismo físico: Isso ocorre quando as rochas se quebram em pedaços menores, mas sem mudar sua composição química. Pode acontecer por causa do calor e do frio, como quando a água da chuva se infiltra nas rachaduras das rochas e congela, fazendo com que elas se quebrem.

Intemperismo químico: Nesse caso, as rochas são alteradas quimicamente. Isso ocorre quando substâncias presentes na água da chuva, como o dióxido de carbono, agem nas rochas, fazendo com que elas se dissolvam ou mudem de composição. É como quando uma bala de doce se dissolve em um copo com água.

Intemperismo biológico: Aqui, os seres vivos têm um papel importante. As raízes das plantas, por exemplo, podem crescer dentro das rachaduras das rochas e, ao se desenvolverem, fazem com que as rochas se quebrem. Além disso, substâncias químicas liberadas por organismos podem agir nas rochas e mudar sua composição.

        O intemperismo é um processo lento e contínuo, ou seja, leva muito tempo para acontecer. Mas ao longo de muitos anos, ele desempenha um papel importante na formação do solo, que é onde as plantas crescem, e na reciclagem de nutrientes na natureza. Além disso, ele também ajuda a moldar as paisagens e a formar recursos naturais, como os minerais que usamos em objetos do dia a dia.

        Então, resumindo, o intemperismo é um processo natural em que as rochas se desgastam e mudam devido à ação da água, do ar, da temperatura e dos seres vivos ao longo de muito tempo. É um processo importante para a natureza e para a formação das paisagens que vemos ao nosso redor.


Intemperismo físico por infiltração de água,
congelamento e quebra da rocha.


Intemperismo químico por reação química entre a
água pluvial e os componentes que formam a rocha.


Intemperismo biológico devido as força das raízes contra as rochas.


Mapa Mental 04 - Tipos de Erosão

        A erosão é um processo natural e presente na dinâmica do planeta há milhões de anos (tempo geológico). Esse fenômeno consiste no desgaste do solo e das rochas de áreas mais altas para áreas mais baixas, ocasionando a sedimentação dos detritos (deposição de sedimentos). Ao longo dos anos, esse desgaste altera paisagens, cursos de rios, relevos, entre outros.

        Podemos comparar o planeta como se fosse um ser vivo, mutável e que se modifica a cada momento. Tudo que fazemos está interligado com essas mudanças. A erosão é um processo de transformação ocorrido no exterior da crosta terrestre, sendo classificada no grupo de fatores exógenos de modificação do relevo.




Erosão antrópica (seres humanos): é a erosão causada pelo homem, que tem papel importante na modificação do relevo, acelerando o processo de erosão, seja desmatando florestas para pastos, estradas, cidades, seja cavando túneis, aplainando morros, alterando biomas, conquistando mares, entre outras ações. Das erosões citadas acima, esta pode ser considerada a mais fugaz e, por conta dessa velocidade, a mais violenta com a natureza. Na maioria das vezes, essa erosão ocorre por motivos sociais (a construção de moradias, por exemplo) e econômicos (a implantação de uma indústria)."

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/

terça-feira, 20 de junho de 2023

Placa Tectônica Sul Americana

        As placas tectônicas movimentam-se em várias direções, ora chocando-se umas contra as outras, ora afastando-se. O deslocamento das placas dá origem a vulcões e terremotos, agentes internos que atuam moldando o relevo. Observe os mapas:


        O Brasil está localizado no centro da placa Sul-Americana, distante das áreas onde ocorrem choques ou separação de placas. Dessa forma, a ação dos agentes internos (vulcanismo, terremotos etc.) no relevo brasileiro é muito pequena, se comparada àquela que ocorre em áreas que estão mais próximas das bordas das placas tectônicas.


Fonte:
Geografia espaço & interação : 7o ano : ensino
fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula,
Maria Angela Gomez Rama, Denise Cristina Christov
Pinesso. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018.


Mapa do Brasil - ALTITUDES (hipsometria)

 

        
            O mapa hipsométrico (ou de altitudes) do Brasil mostra que o relevo apresenta altitudes modestas. A altitude média do Brasil é de aproximadamente 368 metros acima do nível do mar. O relevo brasileiro é caracterizado por altitudes modestas, com cerca de 40% do território abaixo de 200 metros, 45% entre 200 e 600 metros, e 12% entre 600 e 900 metros.
            Entre os principais fatores que explicam a predominância dessas altitudes relativamente baixas podemos destacar a localização na placa tectônica Sul-Americana, a estrutura geológica antiga não apresentando grandes formações montanhosas, pois não existe nenhum dobramento moderno em seu território e a ação predominante de agentes externos (erosivos), constante e acentuada devido ao clima tropical, auxiliam na modelagem do relevo baixo.

Fonte:
Geografia espaço & interação : 7o ano : ensino
fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula,
Maria Angela Gomez Rama, Denise Cristina Christov
Pinesso. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018.

segunda-feira, 19 de junho de 2023

O poder da educação: uma garota maior que o governo





        Em 2004 houve uma das maiores catástrofes naturais da história moderna: O Tsunami do Oceano Índico, causado por um terremoto de 9.3, onde ocorreram cerca de 230 mil mortes nos 14 países afetados, desalojou aproximadamente 1,5 milhão de pessoas e causou bilhões de dólares em danos e prejuízos para as nações afetadas.





Mais de 230.000 mortos.


        Nesta mesma área onde ocorrera esse tsunami, ocorrências semelhantes repetiram-se em 1797, 1833, 1843 e 1861. Em 1833, o tsunami de Krakatoa provocou a morte de quase 40 mil pessoas.

        Um terremoto seguido de tsunami no Chile em 1960 causou a morte de 6 mil pessoas. Instalou-se, então, um conjunto de sensores de grande alcance no Oceano Pacífico a fim de prever e alertar as populações costeiras sobre tais sismos e ameaças, mas nada parecido foi construiu no Oceano Índico. Os governos da região, claro, se opuseram à proposta.

        A Indonésia, o país mais afetado pelo tsunami devido a proximidade do epicentro do terremoto, pouco podia fazer para tentar minimizar a catástrofe. Porém, outros países distantes, como o Sri Lanka onde houve 35 mil mortos, na Índia com aproximadamente 15 mil, 8 mil na Tailândia e mais mil em lugares mais distantes, podiam ter salvo essas aproximadamente 60 mil pessoas se tivessem um sistema de alerta e análise das placas tectônicas no Oceano Índico.




        A partir do início do terremoto as ondas demoraram até duas horas para chegar às ilhas turísticas de Phuket, na Tailândia, e ainda mais para chegarem no Sri Lanka. Sendo que não seria necessário mais do que 10 minutos para esvaziar uma praia.

        Os japoneses, os mais atingidos por tsunamis que qualquer outro povo do Pacífico, tem um sistema de alerta de três minutos e se consideram capazes de evacuar áreas costeiras em dez minutos. Ainda assim houve 239 mortos quando a enorme onda atingiu Hokkaido, em 1993. Mas esse número relativamente pequeno pode demonstrar como esses sistemas de alerta podem ser eficazes.

        Anos antes da tragédia, um meteorologista tailandês afirmou que o complexo de resorts em Phuket poderia ser excepcionalmente vulnerável caso outro tsunami atingisse o litoral. Ele sugeriu a instalação de sensores e alarmes nos hotéis e recomendou ainda que se construíssem prédios mais afastados da praia. (Os custos para a instalação dos sensores não seriam maiores que US$30 milhões, custo muito pequeno comparado aos bilhões em prejuízos causados pela catástrofe e as vidas que poderiam ter sido salvas).

        Por levantar tal problema, o meteorologista foi transferido para outro departamento sobre o pretexto do governo de que a simples menção a tsunamis poderiam afastar os turistas. Esses detalhes são muito bem descritos no livro Tsunami: The World’s Most Terrifying Natural Disaster, de Geoff Tibballs.

        Tilly Smith, uma britânica de, na época, apenas 10 anos, teve uma atitude melhor.

        Tilly estava de férias com a família em Ami Khao Beach, no norte de Phuket, na Tailândia, quando percebeu sinais estranhos no mar.

“Eu não sabia o que era um tsunami, mas ver sua filha tão assustada leva-a a pensar que algo sério deveria estar acontecendo.”

Penny Smith – Mãe de Tilly

        Algumas semanas antes, na escola, em Oxshott na Inglaterra, seu professor de geografia mostrara vídeos de um tsunami de 1980, explicou o fenômeno, as causas e como reconhecer um. A mãe descreve o que aconteceu logo em seguida: “Tilly disse que tinha estudado aquilo na escola. Falou sobre placas tectônicas e sobre terremotos submarinos, à medida que ficava cada vez mais histérica. No fim ela gritava pra que todos saíssemos da praia.”

Tilly Smith discursando nas Nações Unidas,
na campanha para destacar a importância da educação
(Novembro de 2005).


        Tilly, com apenas 10 anos de idade, salvou mais de 100 pessoas; sua manhã, naquela praia, foi tentar convencer a maior quantidade de turistas a fugirem o mais rápido possível, enquanto a negligência e descaso de governos não pouparam ninguém. Poderia ter sido salvo mais de 60 mil pessoas caso tais governos tivessem sido mais prudentes e diligentes.

        Esse é só mais um exemplo sobre a necessidade de policiamento das prioridades de governos, sua gestão e, demonstrar principalmente, a importância da educação e do conhecimento diante o poder que indivíduos têm de fazer a diferença, melhor que governos inteiros.


       
         Saiba mais sobre este tsunami de 2004, no oceano Índico, no vídeo abaixo: