sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Impactos da Colonização na África

            A colonização da África pelos europeus teve um impacto profundo e duradouro nas sociedades africanas, contribuindo para a pobreza atual desses países. Aqui estão alguns dos principais fatores:

Exploração de Recursos: Os europeus tiravam recursos naturais como minerais e produtos agrícolas sem investir no desenvolvimento local, resultando em economia fraca e pouca infraestrutura.

Desestruturação Econômica: As fronteiras foram desenhadas sem considerar as divisões étnicas e culturais, causando conflitos até hoje. A economia africana foi reestruturada para servir aos colonizadores, prejudicando o desenvolvimento verdadeiro.

Desigualdade Social e Política: Os sistemas de governo favoreciam os colonizadores e criaram uma elite local beneficiada, enquanto a maioria da população africana era marginalizada e explorada.

Falta de Investimento em Educação e Saúde: Os colonizadores investiam pouco em educação e saúde, resultando em baixos índices de alfabetização e saúde precária, que ainda afetam os países africanos.

Dependência Econômica: A economia africana foi feita para depender dos mercados europeus, dificultando a diversificação econômica e a criação de uma economia sustentável após a independência.

            Esses fatores juntos criaram um legado de pobreza e desafios econômicos que muitos países africanos ainda enfrentam hoje.

Conhecida como a PARTILHA DA ÁFRICA


            A Partilha da África foi um processo no final do século XIX e início do século XX, onde potências europeias dividiram e colonizaram o continente africano sem considerar as fronteiras étnicas e culturais existentes. Motivada por interesses econômicos, políticos e ideologias racistas, a Conferência de Berlim (1884-1885) formalizou essa divisão, resultando em fronteiras arbitrárias e exploração intensiva dos recursos africanos.


Fonte:

https://www.casadasafricas.org.br





África: Verde, Amarelo e Vermelho

            As cores verde, vermelho e amarelo utilizadas por mais de uma dezena de países africanos em suas bandeiras foram adotadas após suas independências do domínio europeu.

            A origem dessas cores está ligada à Etiópia e à sua vitória na Batalha de Adwa em 1896 contra a Itália.

            Após essa vitória, a Etiópia adotou uma bandeira tricolor com essas cores, que se tornaram símbolos de resistência contra a colonização europeia. O verde representa a mata e a esperança, o amarelo simboliza as riquezas e o ouro do continente, e o vermelho homenageia os guerreiros que lutaram e derramaram sangue na batalha.

            Outros países africanos adotaram essas cores para simbolizar sua própria luta pela independência e resistência ao domínio colonial. Países como Gana, Mali, Guiné, e Benin são alguns exemplos que usam essas cores em suas bandeiras.




segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Keynesianismo

            O Keynesianismo, também conhecido como Escola Keynesiana, é uma teoria político-econômica que defende a intervenção ativa do Estado na economia de um país. Vamos explorar os principais pontos desse modelo:

Origem e John Maynard Keynes

            O Keynesianismo surgiu na década de 1930 e recebeu esse nome em homenagem ao economista britânico John Maynard Keynes. Sua teoria econômica foi apresentada na obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, publicada em 1936. Nesse contexto, o sistema capitalista enfrentava crises de produção e desemprego, e Keynes propôs algo inovador: a regulação da economia pelo Estado.

John Maynard Keynes

Intervenção Estatal e Bem-Estar Social

            A principal ideia do Keynesianismo é que o mercado não se autorregula eficientemente. Portanto, o Estado deve participar ativamente da economia por meio de investimentos, regulamentação e estímulo à demanda. Isso inclui benefícios sociais para os trabalhadores, como seguro de saúde, salário mínimo e férias remuneradas. O conceito de Bem-Estar Social nasceu dessa abordagem.


Características do Keynesianismo
  • O modelo keynesiano se opõe ao liberalismo econômico e ao neoliberalismo;
  • Defende o protecionismo de mercado e busca o equilíbrio econômico;
  • Propõe investimentos estatais para estimular a economia;
  • Busca reduzir as taxas de juros para incentivar o consumo e o investimento;
  • Enfatiza o equilíbrio entre a demanda e a produção;
  • Acredita na garantia de pleno emprego como responsabilidade do Estado.
Exemplo: O “New Deal” nos EUA:Durante a Grande Depressão (Crise de 1929), o presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, implementou o “New Deal”. Esse plano envolveu investimentos estatais em infraestrutura para gerar empregos e reativar a economia.


Críticas e Evolução

            Na década de 1960, o pensamento keynesiano enfrentou críticas dos defensores do neoliberalismo devido a desigualdades sociais, inflação e desemprego. Essas críticas contribuíram para o ressurgimento do neoliberalismo na década de 1970, que promoveu a desregulamentação, a privatização e a redução do papel do Estado na economia. No entanto, o keynesianismo influencia políticas econômicas até hoje.
            Em resumo, o Keynesianismo representa uma visão alternativa à crença de que o mercado se autorregula perfeitamente. Ele destaca o papel ativo do Estado na promoção do bem-estar e na estabilização econômica.

Assista ao vídeo abaixo: A teoria Keynesiana - Teoria geral do Juro, do emprego e da moeda.





Fontes:

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Migração

            Migração é o deslocamento populacional pelo espaço geográfico, de forma temporária ou permanente. Desde o início da humanidade, a migração tem contribuído para a sobrevivência do ser humano. As pessoas migram por diversas razões, provocando transformações socioespaciais. 



Razões para migração:
  • Econômica: Migrantes buscam melhores condições de vida, empregos e salários;
  • Cultural e religiosa: Grupos migram para locais com os quais se identificam;
  • Políticas: Durante crises políticas, guerras ou ditaduras;
  • Naturais: Em resposta a desastres ambientais, como secas ou inundações.
       Historicamente, houve grandes fluxos migratórios internacionais, principalmente por razões econômicas.
            No século XX, o movimento migrou para países desenvolvidos, mas também ocorre entre países vizinhos.
        A migração é uma deslocamento constante entre lugares. Um dos fatores preponderantes  que moldaram nossa civilização.




Migração Pendular

            A migração pendular, também conhecido como movimento pendular, refere-se ao deslocamento diário de pessoas entre seu local de origem e outra cidade, estado ou país, com o propósito de trabalhar ou estudar. É como se fosse um “vai e vem” constante (diário), como o movimento de um pêndulo.
         É o movimento de ida e volta realizado por indivíduos em um único dia, quando as pessoas saem de suas cidades de residência para trabalhar ou estudar em outras localidades e retornam no mesmo dia, ou seja, trabalhadores e estudantes são os principais grupos que a realizam esse movimento.

          As causas da migração pendular são:
  • Segregação urbana: Concentração de serviços e oportunidades em algumas cidades, fazendo com que as pessoas precisem se deslocar.
  • Centros educacionais e de trabalho: Escolas, universidades e empresas estão frequentemente localizados em cidades específicas.

CONSEQUÊNCIAS

            Intensificação do fluxo de veículos, engarrafamentos em horários de pico e impacto na qualidade de vida dos indivíduos (menos horas de sono, mais horas no transporte coletivo).

            Portanto, o movimento pendular é como uma dança diária entre cidades, onde as pessoas vão e voltam, buscando oportunidades e cumprindo suas atividades.




Fontes:







terça-feira, 8 de outubro de 2024

PALOP

            PALOP significa Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. É um grupo de países africanos que têm a língua portuguesa como idioma oficial. Essa característica histórica e cultural os une em um bloco regional com interesses comuns, facilitando a cooperação em diversas áreas, como política, economia e cultura.

            Os países que compõem o grupo PALOP são:
  • Angola
  • Cabo Verde
  • Guiné-Bissau
  • Moçambique
  • São Tomé e Príncipe

            Esses países formam a África Lusófona, compartilhando a língua portuguesa como um elo cultural e histórico.

            A importância dos PALOP reside em diversos fatores: 
  1. Vínculo histórico e cultural: A língua portuguesa é um forte elo entre esses países, facilitando a comunicação e a troca de conhecimentos;
  2. Cooperação regional: Os PALOP trabalham em conjunto para fortalecer suas economias, promover o desenvolvimento social e enfrentar desafios comuns;
  3. Influência na comunidade lusófona: Os PALOP fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), uma organização internacional que reúne países de diferentes continentes com a língua portuguesa como idioma oficial: Brasil, Portugal, Timor-Leste e Guiné-Equatorial;
  4. Potencial econômico: Apesar dos desafios, os PALOP possuem grande potencial econômico, especialmente nos setores de agricultura, mineração e turismo.
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP
  Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa - PALOP 

            Assim, o PALOP representa um bloco de países africanos unidos pela língua portuguesa, através da colonização portuguesa, com uma rica história e cultura em comum. A cooperação entre esses países é fundamental para o desenvolvimento da região e para fortalecer os laços com outros países de língua portuguesa.



Assista ao vídeo no link  abaixo para entender o que é LUSOFONIA:
Assista ao vídeo no link  abaixo e observe os diferentes sotaques da língua portuguesa ao redor do mundo:

Fonte:


quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Estereótipo

  • Padrão estabelecido pelo senso comum e baseado na ausência de conhecimento sobre o assunto em questão.
  • Concepção baseada em ideias preconcebidas sobre algo ou alguém, sem o seu conhecimento real, geralmente de cunho preconceituoso ou repleta de afirmações gerais e inverdades.
  • Algo desprovido de originalidade e repleto de clichês.
  • Comportamento desprovido de originalidade que, faltando adequação à situação presente, se caracteriza pela repetição automática de um modelo anterior, anônimo ou impessoal.


Fonte:


O Perigo de uma História Única

 DESCONSTRUINDO ESTEREÓTIPOS SOBRE O CONTINENTE AFRICANO

            O continente africano, assim como outros, possui heranças de um processo de ocupação e colonização marcado pelas forças hegemônicas dos países europeus. É comum que a maioria das pessoas conheça o continente africano  por meio da abordagem eurocêntrica  e de suas histórias de injustiça, escravidão, conflitos, desigualdades socioeconômicas, entre outras questões. O desconhecimento acerca da história do continente africano e das suas diferentes sociedades reforçam o estereótipos👈, preconceitos e xenofobia👈. Mas a África é um continente complexo, com 54 países, e que apresenta diversidade paisagística, étnica, linguística e cultural, entre outras potencialidades.

            Assista a seguir ao vídeo da palestra da escritora nigeriana Chimamanda Adichie, intitulada O perigo de uma  história única:




terça-feira, 1 de outubro de 2024

Tectonismo

            O tectonismo é um termo utilizado para descrever os processos geológicos que envolvem a movimentação e deformação das camadas da crosta terrestre. Esses processos são responsáveis pela formação de montanhas, vales, falhas geológicas e outros relevos presentes na superfície do planeta. Basicamente, o tectonismo está relacionado às mudanças estruturais da Terra, muitas vezes causadas pela movimentação das placas tectônicas. Imagine essas placas como enormes peças de um quebra-cabeça que se encaixam e se movem ao longo do tempo, moldando a paisagem que vemos hoje.





Placas Divergentes




Placas Convergentes















domingo, 29 de setembro de 2024

Clima de Monções

            A Monção Asiática é considerado por muitos estudiosos como o maior sistema climático do mundo, afetando quase metade da população mundial, desde o calor escaldante da Índia até o norte gelado da Sibéria.

Índia

Bangladesh

            O clima de monções é um fenômeno climático que se manifesta de maneira mais visível nas regiões do sul e sudeste asiático:

1. Mudança sazonal bem definida: O clima de monções apresenta duas fases distintas:
  • Verão chuvoso: Durante os meses de verão, ventos úmidos vindos do oceano Índico sopram em direção ao continente. Esses ventos trazem consigo chuvas intensas, que são vitais para a agricultura e o abastecimento de água. A precipitação pluviométrica média é de 1.600 mm no período de dois meses e pode alcançar 5.000 mm em algumas regiões;
  • Inverno seco: No inverno, os ventos mudam de direção, soprando do continente para o oceano. Isso resulta em uma estação seca, com baixa umidade e pouca precipitação.
2. Áreas afetadas: As principais áreas do planeta onde ocorre o clima de monções são o Sul da Ásia (incluindo a Índia) e o Sudeste Asiático. Nessas regiões, a vida cotidiana, a agricultura e até mesmo as atividades econômicas estão profundamente ligadas às monções.


3. Origem dos ventos: Os ventos de monção têm origem nas diferenças de temperatura e pressão do ar entre as regiões continentais e o oceano. Essa variação sazonal cria um ciclo de ventos que afeta todo o clima da região.


            Portanto, quando pensamos na Ásia, não podemos deixar de considerar esse espetáculo natural das monções, que traz consigo tanto desafios quanto benefícios para as comunidades locais.




Fontes:


RESUMO E CONSIDERAÇÕES FINAIS


sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Mapa - Relevo Brasileiro

Classificação do relevo brasileiro por
Aroldo de Azevedo (geógrafo e geomorfólogo da USP)




quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Mapa Mental 26 - Brasil

IBGE 2022-2023-2024

Círculo de Fogo do Pacífico


            O Círculo de Fogo do Pacífico é uma área geologicamente agitada que circunda o maior oceano do mundo, o Oceano Pacífico. Imagine uma espécie de ferradura que se estende por mais de 40 mil quilômetros, abrangendo regiões desde o sul da Cordilheira dos Andes até a Nova Zelândia. 

Atividade Sísmica e Vulcânica

            Essa região é um verdadeiro caldeirão de fenômenos naturais. Cerca de 75% dos vulcões do mundo estão localizados no Círculo de Fogo do Pacífico. Além disso, é lá que ocorre a maior parte dos terremotos do planeta. A atividade geológica é intensa, graças à movimentação das placas tectônicas.
            As placas tectônicas envolvidas são a Placa do Pacífico (a maior do mundo), a Placa das Filipinas, a Placa Eurasiana, a Placa Indiana, a Placa de Nazca e a Placa Norte-Americana. Essas placas colidem, se afastam e deslizam umas sobre as outras, gerando terremotos, tsunamis e vulcões.

Vulcões ao longo do Círculo de Fogo.

Resumo sobre o Círculo de Fogo do Pacífico
  • Círculo de Fogo do Pacífico é uma área em forma de arco que contorna o Oceano Pacífico;
  • É conhecido também de Anel de Fogo do Pacífico;
  • Apresenta 40.000 quilômetros de extensão e 500 quilômetros, aproximadamente, de largura;
  • Abrange quase 30 países em quatro diferentes continentes;
  • Concentra a maior parte dos vulcões do planeta Terra. Além disso, lá os terremotos, maremotos e tsunamis acontecem com maior frequência do que em outras áreas;
  • Nele ficam, também, grandes cadeias montanhosas, como os Andes, e profundas fossas oceânicas, como a Fossa das Marianas;
  • É a área mais tectonicamente ativa do mundo, visto que lá acontece o encontro de várias placas tectônicas, como as placas do Pacífico, de Nasca, Sul-Americana, de Cocos e outras;
  • Trata-se de uma região que oferece risco elevado aos seus moradores e visitantes dada a imprevisibilidade da maioria dos fenômenos que acometem a região.

Círculo de Fogo e as placas tectônicas


Fontes: