La Siesta

          A siesta é um sono tradicional durante o dia na Espanha (chamada de sesta em galego e siesta em castelhano), e essa prática também se estendeu a muitos países latino-americanos por influência espanhola. Essa prática envolve dormir no meio do dia para descansar um pouco, preferencialmente após o almoço. Os espanhóis costumam almoçar mais tarde do que estamos acostumados no Brasil.

        A palavra siesta vem do latim “sexta”. Durante o Império Romano, os cidadãos romanos costumavam descansar na sexta hora, dividindo o dia em 12 horas de luz. Na Espanha, esse período está entre as 13:00 (no inverno) e 15:00 (no verão). 

Alguns registros de La Sesta na Espanha.

            A siesta não é tão popular nas grandes cidades da Espanha como se imagina. A maior parte do comércio continua fechando por duas horas no meio da tarde, mas as pessoas aproveitam esse tempo para almoçar e realizar outras atividades, não necessariamente para descansar.

            Nas pequenas cidades chamadas pueblos, onde vivem poucas pessoas, é mais fácil identificar a tradição da siesta.

            Pesquisas indicam que cochilar entre 10 a 40 minutos após o almoço traz benefícios para a saúde. Esse tempo é suficiente para revigorar o cérebro, aumentar a concentração e dar mais energia ao corpo. Portanto, não é apenas um cochilo, mas uma estratégia de organização que contribui para o desempenho escolar e o bem-estar geral.

              A tradição da siesta, embora tenha origem na Espanha, também influenciou muitos países latino-americanos devido a forte herança cultural espanhola, especialmente em áreas rurais e climas quentes, onde é comum as pessoas tirarem uma soneca após o almoço. Alguns países latino-americanos onde ainda notamos essa tradição são: México, Argentina, Chile, Peru e Uruguai (entre outros).

            Em resumo, a tradição da siesta se espalhou para várias nações latino-americanas, adaptando-se às suas próprias realidades climáticas e culturais.

            Assista ao vídeo a seguir, no qual um brasileiro que vive na Espanha explica como funciona a SIESTA e ainda compartilha outras curiosidades, demonstrando que a organização social de cada país pode ser muito diferente da nossa.

            Abaixo, veja no link, uma reportagem sobre o fim da SIESTA proposta pelo primeiro ministro da Espanha:

Ao abrir o link a seguir, utilize a opção da plataforma "TRADUZIR PARA O PORTUGUÊS"

https://www.houstonpublicmedia.org/npr/2016/04/06/473231722/spain-debates-is-it-time-to-scrap-the-siesta/

Enquanto isso, no Japão...
Você sabe o que é o INEMURI ???

            É uma prática muito valorizado no Japão. É o costume  que significa "dormir enquanto está presente". Isso ocorre em locais públicos, como trens ou escritórios, onde as pessoas tiram cochilos curtos para recarregar as energias. 

            Desta forma cochilar no escritório e trens é comum e socialmente aceito. Na verdade, muitas vezes é visto como um sinal de diligência ao trabalho ou estudo (diligência: zelo, cuidado e aplicação na realização de algo), indicando que “a pessoa é tão dedicada ao seu trabalho que trabalhou até a exaustão”.

            Veja mais sobre "INEMURI , a arte japonesa de dormir no trabalho", no link abaixo:

Ao abrir o link a seguir, utilize a opção da plataforma "TRADUZIR PARA O PORTUGUÊS"

https://www.amusingplanet.com/2018/09/inemuri-japanese-art-of-sleeping-at-work.html

Camadas da Atmosfera

        A atmosfera é um revestimento de gases que envolve o planeta Terra. Mantida pela atração da gravidade, ela desempenha funções vitais para a vida na Terra:

1. Fornecer oxigênio para a respiração dos seres vivos;
2. Manter a temperatura adequada;
3. Proteger da radiação solar;
4. Distribuir água através da chuva.

            A atmosfera também absorve radiação ultravioleta, queima meteoros e regula o calor por meio do efeito estufa. Ela é composta principalmente por nitrogênio, oxigênio, argônio, dióxido de carbono, vapor d’água, hélio e hidrogênio. A atmosfera é dividida em cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera, cada uma com características distintas e funções específicas.

TROPOSFERA

            É a camada mais próxima da superfície terrestre e se estende até cerca de 18 km de altitude. Nela, os seres vivos podem respirar normalmente. A temperatura diminui verticalmente à medida que a altitude aumenta. Quase todos os fenômenos meteorológicos que dão características aos climas terrestre ocorrem na troposfera, e é onde circulam os aviões de carga e passageiros. Esta camada é a mais estudada pela geografia, meteorologia, climatologia, aeronáutica entre outras áreas do conhecimento.

Troposfera

ESTRATOSFERA

            Situa-se acima da troposfera e faz limite com a mesosfera. Nessa camada, a temperatura aumenta à medida que a altitude aumenta. A estratosfera contém a camada de ozônio, que filtra a radiação ultravioleta prejudicial aos seres vivos. Ela se estende até aproximadamente 50 km acima da superfície da Terra.

MESOSFERA

            A mesosfera fica acima da estratosfera e se estende até cerca de 80 km de altitude. É nessa camada que os meteoros queimam ao entrar na atmosfera em altíssima velocidade, gerando um atrito provocado pela elevada densidade dos gases que os desaceleram e fazem com que ocorra o processo de combustão. A temperatura diminui novamente à medida que subimos.

Mesosfera: Meteoro de Chelyabinsk e balão meteorológico.

TERMOSFERA

            A termosfera vai até cerca de 600 km acima da Terra. Nessa camada, a temperatura aumenta significativamente devido à absorção de radiação solar. É onde ocorrem as auroras boreais e austrais. e as transmissões de rádios viajam com mais facilidade.

Termosfera: aurora boreal na Finlândia e Estação Espacial Internacional (ISS).

EXOSFERA

            A camada mais externa da atmosfera, estendendo-se até o espaço exterior. Ela não tem um limite bem definido e contém partículas muito raras. É onde a atmosfera gradualmente se funde com o vácuo do espaço. É onde a maioria dos nossos satélites artificiais espaciais orbitam.

Exosfera: Telescópio Espacial Hubble.

OBSERVAÇÃO

            Existem ainda uma camada denominada de IONOSFERA, caracterizada por sofrer ionização da radiação solar. que abrange tanto a termosfera quanto a mesosfera e se prolonga até 1000 km já na exosfera. Em resumo, a ionosfera desempenha um papel fundamental na comunicação, na reflexão de ondas de rádio e na proteção contra a radiação solar.

                Também temos a MAGNETOSFERA que é uma região da ionosfera com grande quantidade de íons e elétrons. Ela é afetada pelos campos magnéticos da Terra e do Sol, resultando em fenômenos como as auroras boreais e austrais observadas nos polos terrestres.

                 Essas camadas desempenham papéis essenciais na proteção e dinâmica da Terra.

A Dialética na Geografia

            A dialética é um método de abordagem filosófica que tem sido utilizado em várias áreas do conhecimento, incluindo a geografia.

            Podemos dizer que a dialética é como um jogo de ideias em que exploramos opostos para entender melhor o mundo. Começamos com duas ou mais ideias, as discutimos e pensamos profundamente sobre elas. O objetivo é encontrar uma solução que vá além das contradições ou até mesmo amenizem ou contemplem as mesmas. A dialética nos ajuda a descobrir coisas novas, trilhar uma nova via de pensamento e a entender as mudanças que acontecem ao nosso redor. Quando usamos a dialética, estamos sempre buscando aprender mais e entender melhor o mundo à nossa volta.

O vídeo a seguir faz um breve resumo sobre a dialética.

Vamos explorar como a dialética pode ser aplicada na análise geográfica:

1-) Compreensão das Contradições e Transformações

• A dialética busca compreender as contradições e mudanças na realidade;
• Na geografia, isso envolve analisar como diferentes processos (sociais, econômicos, ambientais) interagem e se transformam no espaço.

2-) Contextualização Histórica e Espacial

• A dialética considera o contexto histórico e espacial;
• Na análise geográfica, isso significa entender como os eventos e fenômenos estão relacionados a um determinado tempo e lugar.

3-) Relações entre Parte e Todo

• A dialética examina as relações entre partes e o todo;
• Na geografia, isso implica entender como as características locais (lugares, regiões) se conectam a padrões globais.

4-) Transformação Contínua

• A dialética reconhece que a realidade está em constante transformação;
• Na análise geográfica, isso envolve estudar processos de urbanização, mudanças climáticas, migrações, entre outros.

            A dialética é um método valioso de análise geográfica, pois possibilita uma compreensão profunda e dinâmica dos fenômenos espaciais e suas interações. Através da aplicação dos conceitos de tese, antítese e síntese, fundamentais na dialética, é possível obter uma abordagem que busca compreender as contradições e transformações na realidade geográfica.

            Na geografia, esses conceitos podem ser aplicados de várias maneiras:

TESE

1. A tese representa uma afirmação inicial ou uma situação dada;
2. Na geografia, uma tese pode ser uma hipótese sobre um fenômeno, como o impacto das mudanças climáticas nas zonas costeiras.

ANTÍTESE

1. A antítese é uma oposição à tese. Ela apresenta argumentos contrários ou diferentes;
2. Na geografia, a antítese pode ser uma perspectiva oposta, como considerar os benefícios e desafios da urbanização.

SÍNTESE

1. A síntese surge do conflito entre tese e antítese. É uma situação nova que incorpora elementos resultantes desse choque;
2. Na geografia, a síntese pode ser uma conclusão que reconcilia diferentes pontos de vista, como encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental, ou seja, uma nova compreensão do problema que se alcança a partir da oposição dos dois primeiros.

            Aqui estão alguns exemplos específicos:

Tese: O crescimento urbano é necessário para o desenvolvimento econômico;

Antítese: O crescimento urbano pode levar à degradação ambiental e à desigualdade social;

Síntese: Planejar cidades sustentáveis que promovam o desenvolvimento econômico, mas também preservem o meio ambiente e considerem a equidade social.

     Esses conceitos dialéticos ajudam analisar processos complexos, considerando diferentes perspectivas e chegando a conclusões mais abrangentes.

1- O que é dialética?
2- Onde aplicar a dialética?
3- Platão: seu método pretendia buscar a verdade,
questionando opiniões e superando o senso comum.
4- A definição de Heráclito para a dialética.
5- A reflexão dialética de Heráclito.
6- Friedrich Hegel propõe uma nova maneira de aplicar a dialética.
7- Hegel defende que a realidade era feita de opostos.
8- Karl Marx utiliza o método hegeliano para
interpretar a história e a sociedade.

Paradoxos do Crescimento Populacional

Longevidade e Acessibilidade Relativa* X  Destruição Ambiental e Desigualdade Social

        

          O crescimento populacional, o desenvolvimento industrial e a destruição ambiental estão interligados de maneiras complexas e, às vezes, contraditórias. Vamos explorar esses paradoxos:

Longevidade e Destruição Ambiental:

• O aumento da expectativa de vida é uma conquista importante da humanidade. No entanto, o crescimento populacional e o consumo excessivo também resultaram em maior pressão sobre os recursos naturais;
• A busca por melhores condições de vida frequentemente leva a maior demanda por energia, alimentos e materiais, o que pode levar à degradação ambiental.

Desigualdade Social e Equidade de acesso:

• A desigualdade social está intrinsecamente ligada à degradação ambiental. Populações mais pobres são frequentemente as mais afetadas por práticas insustentáveis;
• A falta de acesso a serviços básicos, como água potável e saneamento, contribui para a desigualdade ambiental.

Consumo e Sustentabilidade:

• O consumo excessivo em países desenvolvidos tem um impacto significativo no meio ambiente. Isso inclui a produção de resíduos, emissões de gases de efeito estufa e esgotamento de recursos naturais;
• A busca por crescimento econômico muitas vezes ignora os limites planetários e a sustentabilidade.

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• Abordar esses paradoxos requer uma abordagem holística. Devemos considerar a justiça social, a equidade e a sustentabilidade ambiental como partes interconectadas de um todo para a resolução destes conflitos socioambientais e socioeconômicos;
• Investir em tecnologias limpas, promover educação ambiental e adotar políticas públicas que equilibrem o crescimento populacional com a preservação do meio ambiente são passos essenciais vencer esses conflitos.

            Em última análise, a busca por um futuro mais equitativo e sustentável exige que enfrentemos esses paradoxos com responsabilidade social, conscientização ambiental e cooperação global.

*Acessibilidade relativa refere-se à comparação ou relação entre a disponibilidade ou acesso a determinados recursos, serviços ou oportunidades em diferentes contextos ou grupos. A acessibilidade relativa considera as diferenças entre as condições de vida, as necessidades e as capacidades das pessoas, levando em conta fatores como renda, localização geográfica, educação e saúde. Em outras palavras, a acessibilidade relativa avalia como diferentes grupos ou indivíduos têm acesso proporcional a determinados benefícios ou serviços em relação aos outros.

Crescimento Demográfico Mundial

A China já enfrenta problemas com a superpopulação.

            Desde os primórdios da humanidade, a população mundial tem experimentado diferentes ritmos de crescimento. A transição da caça e coleta para a agricultura marcou um ponto crucial na história demográfica. No entanto, foi a partir do século XX que ocorreu um crescimento exponencial sem precedentes. O mundo testemunhou uma explosão demográfica.

            O crescimento vertiginoso da população mundial a partir do início do século XX pode ser atribuído a vários fatores. Aqui estão alguns dos principais motivos:

1-) Avanços Médicos e Científicos:

• O desenvolvimento da penicilina, vacinas e tratamentos médicos melhorou significativamente a saúde e reduziu a mortalidade;
• A tecnologia permitiu a produção em larga escala de alimentos, melhorando a nutrição e a expectativa de vida.

2-) Saneamento Básico e Higiene:

• O acesso a saneamento básico, tratamento de esgoto e planejamento urbano melhorou as condições de vida;
• Isso reduziu a disseminação de doenças e aumentou a sobrevivência.

3-) Mudanças no Estilo de Vida:

• A transição de uma vida nômade para uma vida sedentária permitiu maior segurança e conforto;
• A agricultura e a produção de alimentos em larga escala garantiram uma oferta mais estável de comida.

4-) Redução da Mortalidade Infantil:

• A taxa de mortalidade infantil diminuiu devido a melhores cuidados médicos e prevenção de doenças;
• Isso resultou em mais crianças sobrevivendo até a idade adulta.

5-) Crescimento Natural e Taxa de Natalidade:

• A taxa de natalidade aumentou, contribuindo para o crescimento populacional;
• As famílias tinham mais filhos, e a população cresceu exponencialmente.

     Em resumo, o crescimento populacional foi impulsionado por avanços científicos, melhorias na saúde, saneamento e mudanças no estilo de vida. Paradoxalmente , hoje enfrentamos desafios como sustentabilidade, desigualdade social e impacto ambiental causando por essas benesses.

           

            Compreender o crescimento demográfico mundial é essencial para atuarmos nas questões globais e garantir um futuro equilibrado para a humanidade.

No vídeo abaixo vamos ver o que seria o perigo da superpopulação

e a teoria de Malthus.

Adam Smith e Karl Marx

            No contexto das ideias econômicas, Adam Smith é frequentemente citado como o pai do capitalismo moderno, de forma análoga a como Karl Marx é considerado o pai do socialismo. Adam Smith, com sua obra “A Riqueza das Nações”, estabeleceu os fundamentos do livre mercado e da economia clássica, promovendo ideias como a “mão invisível” que regula o mercado e a importância da divisão do trabalho para a eficiência econômica. Enquanto Marx criticava a exploração dos trabalhadores e a desigualdade gerada pelo capitalismo, Smith defendia que a liberdade econômica poderia levar à prosperidade e ao benefício mútuo entre os indivíduos.

1- Karl Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 – Londres, 14 de março de 1883): filósofo,

economista, historiador, sociólogo, teórico político, jornalista, e revolucionário socialista alemão.

2- Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 – Edimburgo, 17 de julho de 1790):

filósofo e economista escocês.

        No vídeo, foi simulado um encontro entre os filósofos Karl Marx e Adam Smith. Além de divertido, o encontro é bastante pedagógico ao apresentar algumas das principais ideias dos dois filósofos. O confronto destaca as grandes diferenças entre estes dois pensadores que marcaram o século XX e são influentes até os dias de hoje.

Raios Cósmicos

A Terra é bombardeada frequentemente pelos raios cómicos (radiação cósmica) oriundos
de supernovas e de eventos próximos a buracos negros.

            Raios cósmicos são como “partículas superenergéticas” que vêm do espaço sideral e atingem a Terra. Eles são como “raios” que viajam pelo Universo. Alguns deles têm tanta energia que podem atravessar até mesmo coisas muito grossas, como paredes de chumbo!

        Cerca de 90% de todas as partículas do raio cósmicos a são prótons, 9% são partículas alfa (núcleos do átomo de hélio), 1% são elétrons e cerca de 0,25% são elementos mais pesados, como átomos de lítio, berílio e boro.

Nossa atmosfera e o campo magnético da Terra atenuam os efeitos da radiação cósmica.

            Esses raios cósmicos são importantes porque nos ajudam a entender como o Universo funciona. Eles também podem afetar os seres vivos, como nós, causando mutações em nosso código genético.

            Os cientistas ainda estão estudando de onde exatamente esses raios cósmicos vêm. Alguns deles podem ser produzidos por supernovas, que são explosões gigantes de estrelas no fim de suas vidas. Outros podem vir de buracos negros, que são regiões do espaço com uma gravidade extremamente forte. Além disso, o nosso próprio Sol também pode emitir raios cósmicos.

Ilustração de uma supernova direcionando a sua energia (raio cósmico) à Terra.

            Felizmente a atmosfera e o nosso campo magnético da Terra nos protegem de boa parte desses raios cósmicos. Eles agem como um escudo, desviando essas partículas para longe de nós. Isso é muito importante para a nossa segurança!

            Então, quando olhar para o céu à noite, lembre-se de que há muitas coisas acontecendo lá em cima, incluindo esses raios cósmicos misteriosos formadas por partículas superpoderosas vindas do espaço!

                O vídeo abaixo ajudará a esclarecer mais.

Fonte:

O início e o fim dos raios cósmicos : Revista Pesquisa Fapesp 👈

O que são raios cósmicos e qual sua origem? - eCycle 👈

A Cidade mais Antiga do Mundo.

            Jericó, frequentemente citada como uma das cidades mais antigas do mundo, tem sido continuamente habitada. Evidências arqueológicas sugerem que a cidade está ocupada desde antes de 9.000 a.C., tornando-a um local de grande importância histórica e arqueológica. Jericó é conhecida por seus sítios arqueológicos que revelam camadas de civilizações passadas, incluindo a mais antiga muralha conhecida e uma das mais antigas representações de um rosto humano em estátua. Além disso, Jericó possui uma rica história cultural, sendo mencionada na Bíblia e considerada um local significativo para várias religiões.

                Essa cidade milenar, possivelmente a mais antiga do mundo, data de antes de 10.000 a.C. e foi abandonada e reconstruída várias vezes. Localizada na Cisjordânia, a cerca de 27 km de Jerusalém, Jericó tem uma história que remonta aos tempos pré-históricos. Seus habitantes originais eram os cananeus, e a cidade é mencionada nos textos bíblicos. Os cientistas acreditam que a cidade foi destruída por volta de 1400 a.C. Durante sua longa história, Jericó esteve sob diferentes domínios, incluindo o Império Otomano e o controle da Jordânia. Desde 1994, está sob a administração da Autoridade Palestina.

                Jericó era uma cidade importante no Vale do Jordão, conhecida na época como a “cidade das palmeiras”. Na tradição judaico-cristã, é conhecida como o local onde os israelitas retornaram da escravidão no Egito, liderados por Josué, sucessor de Moisés.

O Mosteiro da Quarentena no monte da Tentação em Jericó, Cisjordânia.

            Jericó não é apenas a população sedentária e organizada mais antiga que se conhece, mas também o ponto habitado mais baixo do planeta, situando-se a 240 metros abaixo do nível do mar. Essa altitude é superada apenas pelos 416 metros do Mar Morto, localizado a cerca de 7 quilômetros de distância. Segundo seus habitantes, Jericó é “o lugar onde nascem os frutos mais saborosos” e, para completar, afirmam que é “o único ponto da Terra de onde se pode estender o braço em direção à lua e sentir que ela está descansando”. Uma verdadeira joia na palma da mão.

              A cidade recebe mais de um milhão de turistas por ano, a maioria deles peregrinos que seguem os passos de Jesus Cristo. Jericó, na Palestina, foi abalada no último século por inúmeras guerras e revoltas decorrentes do conflito com Israel.

                Assista o vídeo abaixo e entenda como a cidade de Jericó se transformou em uma referência bíblica.

Astronauta, Cosmonauta e Taikonauta

            No contexto das viagens espaciais, os termos para os profissionais que viajam ao espaço variam de acordo com a nacionalidade:

• Cosmonauta: Este termo é usado para astronautas russos e soviéticos. A palavra “cosmonauta” é uma anglicização da palavra russa “kosmonavt” (космонавт em cirílico). O primeiro homem no espaço, Yuri Gagarin, foi um cosmonauta que permaneceu no espaço por 1 hora e 46 minutos na missão Vostok 1 em 1961.

O primeiro cosmonauta: Yuri Gagarin.
O primeiro homem no espaço.

• Astronauta: Este termo é usado para profissionais espaciais dos Estados Unidos da América (EUA) e de outros países aliados. O termo “astronauta” tem origem no francês “aéronaut” e designava os pioneiros do balonismo. Em 1961, Alan Shepard se tornou o primeiro estadunidense a viajar ao espaço quando lançou um voo suborbital de 15 minutos a bordo da espaçonave Mercury da NASA, na cápsula Freedom 7.

O primeiro astronauta: Alan Sherpard.

• Taikonauta: Este termo é específico para astronautas chineses. Na China, os astronautas são chamados de “hángtiān yuán” (航天员), que significa “pessoa que navega os céus”. O termo “taikonauta” é o equivalente em inglês usado pela agência de notícias do governo chinês, a Xinhua, desde o início do programa espacial do país. Em 2003, Yang Liwei se tornou o primeiro chinês a ir ao espaço. Ele foi o astronauta a bordo da missão Shenzhou-5, que marcou um marco significativo para o programa espacial chinês. Durante sua missão, Yang Liwei orbitou a Terra por aproximadamente 21 horas e realizou experimentos científicos no espaço. 

O primeiro taikonauta: Yang Liwei.

            Em 1961, ocorreram momentos históricos na exploração espacial com Alan Shepard e Yuri Gagarin, marcando o início da corrida espacial entre as duas superpotências (Estados Unidos e União Soviética) durante a Guerra Fria. Já em 2003, com Yang Liwei, a China alcançou uma conquista histórica, representando um passo importante em direção à exploração espacial do país.

Como Nascem as Estrelas?

            As estrelas nascem no interior de grandes nuvens de gás e poeira. Com o tempo, a gravidade dá origem a aglomerados densos de matéria ali, e esses aglomerados colapsam sobre si em função da atração gravitacional que exercem.

            Com o colapso, o material da nuvem começa a ser cada vez mais comprimido e a temperatura começa a aumentar. Quando a densidade e a temperatura são suficientes, BOOM, uma estrela nasce. Uma estrela, por definição, faz fusão de átomos de Hidrogênio em seu centro e forma átomos de Hélio, liberando energia.

            As estrelas nascem em galáxias e em diferentes locais do espaço sideral dentro de nuvens de gás e poeira chamadas “nebulosas”. A nuvem mais famosa é a nebulosa de Órion, visível a olho nu. A turbulência dentro dessas nuvens origina massa suficiente para que o gás e a poeira comecem a colapsar sob sua atração gravitacional. Assim, quando as estrelas atingem esse estado, o material do centro aquece, gerando três ou quatro bolhas. Essas bolas explicam por que a maioria das estrelas na Via Láctea está emparelhada ou se agrupa em grupos de estrelas múltiplas.

A Nebulosa de Órion é um berçário estelar localizada dentro da nossa galáxia, a Via Láctea.

Ela se encontra na constelação de Órion, a aproximadamente 1.344 anos-luz de distância da Terra.

Imagem: Espacial Hubble da NASA/ESA, 2006.

            Elas são alimentadas pela fusão nuclear de hidrogênio para formar hélio nas profundezas de seus interiores. Quando uma estrela funde todo o hidrogênio em seu núcleo, as reações nucleares cessam. Mas nem todo o material de explosões dentro das nebulosas gera estrelas. A poeira restante pode se tornar planetas, asteroides ou cometas – ou ainda permanecer apenas como poeira.

Os Pilares da Criação são aglomerados de poeira e gás na nebulosa da Águia, situado

a cerca de 6.500-7.000 anos-luz da Terra. No nome, "pilares" é sugestivo ao formato do

lugar, e a parte "Criação" originou-se devido ao local ser um enorme berço de estrelas.

A imagem da esquerda, foi gerada pelo Telescópio Espacial James Webb de 2022.

As imagens da direita foram obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble em 2014.

            Quanto ao tempo de vida das estrelas, elas têm tempos variados, medidos em bilhões de anos. As pequenas estrelas podem viver mais de 10 bilhões de anos, enquanto as maiores têm uma vida mais curta. As estrelas são classificadas por sua luminosidade, cores e temperaturas. Existem diferentes tipos, como as anãs vermelhas (as mais numerosas do universo) e as hipergigantes (raras e extremamente energéticas) .

            Em resumo, o nascimento das estrelas é um processo fascinante, moldado pela dança da gravidade, nuvens de gases e poeiras e da fusão nuclear, que ocorre nas profundezas do cosmos.

              Assistam o vídeo abaixo. É rápido e esclarecedor.

VEJA AINDA: OS PILARES DA CRIAÇÃO

👇

Fontes:

https://www.nationalgeographicbrasil.com/espaco/2022/10/como-nasce-uma-estrela

https://canaltech.com.br/espaco/como-nasce-uma-estrela-206706/

Mapa Mental 21 - Orientação e Localização

 

Mapa-Mundi Chinês -1418

O controverso mapa chinês de 1418.

            Em 2006, um mapa emergiu e abalou a comunidade acadêmica, sugerindo uma reviravolta histórica: os verdadeiros descobridores da América seriam os chineses. A peça, uma reprodução de 1763 baseada em um original do século XV (precisamente de 1418), é atribuída ao renomado almirante chinês Zheng He, já conhecido por suas teorias prévias sobre a descoberta chinesa da América durante a dinastia Ming.

            Zheng He navegou pelos mares de 1405 a 1418, e suas jornadas foram meticulosamente registradas no livro “As Maravilhosas Visões da Frota Estelar”, publicado na China por volta de 1418.

            O mapa contém descrições dos povos da costa oeste americana, mencionando que “a pele desta etnia é vermelho-escura, e adornam-se com penas na cabeça e nos quadris”, e dos australianos, dizendo que “a pele dos aborígenes é negra. Vivem nus e portam adornos ósseos na cintura”.

            Especialistas em cartografia defendem a autenticidade do mapa, apontando para informações que coincidem com outros documentos náuticos da mesma época. No entanto, alguns historiadores contestam sua legitimidade, argumentando que Zheng He nunca ultrapassou a costa africana em suas expedições.

            Apesar das dúvidas sobre sua autenticidade, este mapa antigo continua sendo um artefato significativo no debate contínuo sobre quem realmente descobriu o continente americano.

Fontes:

- "Mapa reforça teoria de que chinês se antecipou a Colombo". 

<http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/01/13/ult1809u7246.jhtm>

- "Chinese Columbus" Map Likely Fake, Experts Say. National Geographic News.

<http://news.nationalgeographic.com/news/2006/01/0123_060123_chinese_map.html>

Oligopólio

            A palavra “oligopólio” tem origem no grego, onde “oligos” significa “pouco, poucos” e “polein” significa “vender”. Portanto, etimologicamente, oligopólio refere-se a um mercado onde há poucos vendedores

            Desta forma, o oligopólio é um termo econômico que descreve um mercado dominado por um pequeno número de empresas. Nesse tipo de mercado, cada empresa tem uma influência significativa sobre os preços e as condições de mercado, e as decisões de uma podem afetar as outras. Isso pode levar a uma competição limitada e a práticas como fixação de preços e acordos de mercado. Os oligopólios são importantes porque podem impactar a inovação, os preços e a variedade de produtos disponíveis para os consumidores. Em alguns casos, essas empresas podem até colaborar entre si, formando cartéis para fixar preços e limitar a produção.

Estas 10 empresas controlam quase tudo que você compra.

            Não confunda oligopólio com monopólio que é uma estrutura de mercado onde existe apenas uma empresa fornecedora de um produto ou serviço, sem substitutos próximos. Neste cenário, a empresa monopolista tem controle total sobre os preços e a produção, pois não enfrenta concorrência direta. Isso pode levar a preços mais altos e menos escolhas para os consumidores.        

            Ambas as estruturas podem levar a uma concorrência imperfeita, afetando a inovação, os preços e a variedade de produtos disponíveis para os consumidores.

Fontes:

https://origemdapalavra.com.br

https://capitalresearch.com.br

https://economiaenegocios.com

https://rabiscodahistoria.com

Multinacional ou Transnacional ?

            As empresas multinacionais e transnacionais são ambas entidades que operam em múltiplos países, mas diferem principalmente na estrutura e na gestão de suas operações internacionais:

Empresas Multinacionais: São corporações que possuem operações em vários países, mas mantêm uma sede central no país de origem. A administração e o controle das filiais são concentrados nessa sede central. As multinacionais buscam crescer globalmente e lucrar com as economias de escala proporcionadas pela expansão internacional;

Empresas Transnacionais: Operam simultaneamente em múltiplos mercados globais sem uma sede central definida ou um único centro de decisão. Elas estabelecem laços comerciais diretos entre os diferentes países onde atuam e utilizam a tecnologia para integrar as operações globais e promover relações interculturais entre funcionários dos diversos locais geográficos onde atuam.

            Resumindo, enquanto as multinacionais têm uma abordagem mais centralizada, com uma sede que direciona as operações globais, as transnacionais tendem a ser mais descentralizadas, com unidades de produção e decisões distribuídas por vários países.

Abaixo, temos as exemplos de cada categoria citadas acima:

Empresas Multinacionais:

ᐉ Coca-Cola: Uma das marcas mais reconhecidas mundialmente, famosa por sua bebida homônima;

ᐉ Toyota: Conhecida por sua produção de automóveis de qualidade e inovação em tecnologia de veículos híbridos;

ᐉ Samsung Electronics: Líder em tecnologia da informação e produção de dispositivos eletrônicos como smartphones e tablets.

Empresas Transnacionais:

ᐉ Apple: Uma gigante da tecnologia conhecida por seus produtos inovadores como o iPhone, iPad e Macintosh;

ᐉ Nestlé: Uma das maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo, com uma vasta gama de produtos consumidos globalmente;

ᐉ Volkswagen: Um dos maiores fabricantes de automóveis do mundo, com várias marcas de veículos sob seu guarda-chuva.

            Atualmente há registro de, aproximadamente, 40.000 empresas transnacionais em atividade, sendo a maioria originária dos países industrializados, no entanto, existem empresas de origem indiana, mexicana e brasileira, como a PETROBRAS, por exemplo.

        Essas empresas têm uma presença significativa em muitos países e são influentes em suas respectivas áreas industriais, atuando positivamente e negativamente, dependendo da forma que o assunto abordado.

Fonte:

https://www.todoestudo.com.br/

https://brasilescola.uol.com.br/

As Revoluções Industriais

                As Revoluções Industriais (1ª, 2ª e 3ª) foram períodos de grandes transformações econômicas, sociais e tecnológicas. Começa na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e se espalha por outras partes do mundo ao longo dos séculos XIX e XX. Esse processo continua até os dia atuais.

        Comumente, esse momento histórico é tratado e denominado como REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (no singular) e geralmente divididas em três fases principais:

Primeira Revolução Industrial: Iniciou-se na Inglaterra no século XVIII, entre 1750 e 1850. Caracterizou-se pela transição da manufatura para o sistema fabril, impulsionada por invenções como a máquina de fiar, o tear mecânico e a máquina a vapor. Isso levou à mecanização dos processos, e à expansão das indústrias têxteis, metalúrgica e siderúrgica, bem como dos transportes, acompanhada pela urbanização e pelo crescimento das cidades;

Teares mecânicos para fiação de algodão em uma

fábrica de tecido em Lancashire, Inglaterra, 1835.

Coleção Everett.

Segunda Revolução Industrial: Começou em meados do século XIX e estendeu-se até 1950. Marcada pela consolidação do progresso científico e tecnológico, destacou-se pela invenção da lâmpada incandescente, avanços na comunicação com o telégrafo e o telefone, e inovações na medicina e química, como antibióticos e vacinas. Com a eletricidade, o motor de combustão interna e as linhas de montagem revolucionou-se a produção em massa e o transporte (aprimoramento do automóvel e do avião). Nesta fase ficam fortalecidos o capitalismo industrial, o crescimento das corporações e a expansão do comércio global;

Trabalhadores da linha de montagem na fábrica da Ford Motor Company em Dearborn,

Michigan, por volta de 1928. Esse processo ficaria conhecido como Fordismo.

Terceira Revolução Industrial: Também conhecida como Revolução Técnico-Científica ou Revolução da Informação, começou após o término da Segunda Guerra Mundial e continua até os dias atuais. Caracteriza-se pela automação, pelo uso intensivo de computadores e pela aplicação de tecnologias avançadas em todos os aspectos da vida humana. A globalização da economia, os avanços na comunicação e a crescente preocupação com questões ambientais, sustentabilidade e investimento em novas fontes de energia (alternativas, sustentáveis e limpas). são aspectos centrais desta fase, que continua a moldar o mundo contemporâneo.

Fábrica robotizada de automóveis da Valmet em Uusikaupunki, Finlândia.

            Essas fases refletem o avanço tecnológico e as mudanças sociais e econômicas que transformaram a produção industrial e a sociedade ao longo dos séculos. As Revoluções Industriais, ao mesmo tempo em que ampliaram o acesso da população a produtos essenciais e supérfluos, também exerceram um impacto significativo sobre o meio ambiente e intensificaram as disparidades socioeconômicas entre nações industrializadas e aquelas em desenvolvimento.

A poluição industrial é um tema caro para nossa civilização. Um desafio em nosso tempo.

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Mapa Mental 20 - Europa

            O continente europeu, situado no hemisfério norte do globo, é delimitado a oeste pelo oceano Atlântico, ao norte pelo oceano ou mar Glacial Ártico, a leste pela Ásia e ao sul pelos mares Mediterrâneo e Negro, além de fazer fronteira com a Ásia pelo estreito de Bósforo. Com uma área aproximada de 10.180.000 km², a Europa é composta por cerca de 50 países, apresentando uma grande diversidade cultural e linguística.

          A população do continente é estimada em mais de 741 milhões de habitantes, distribuída de maneira desigual entre as diversas regiões, com maior concentração em áreas urbanas e costeiras. Este breve resumo geográfico serve como introdução aos mapas mentais que explorarão outros aspectos geográficos do continente europeu, como seu relevo, clima, hidrografia e vegetação, fornecendo uma visão geral e integrada do continente europeu.

Mapa Mental 01

Mapa Mental 02

 

Mapa Mental 19 - Revoluções Industriais

            As Revoluções Industriais foram períodos de grandes transformações econômicas, sociais e tecnológicas que começou na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e se espalhou por outras partes do mundo ao longo dos séculos XIX e XX. Estes períodos são marcados pelo surgimento de novas máquinas, processos de produção e tecnologias que aumentaram significativamente a eficiência, a capacidade de produção e por sua vez o lucro.

            As Revoluções Industriais, ao mesmo tempo em que ampliaram o acesso da população a produtos essenciais e supérfluos, também exerceram um impacto significativo sobre o meio ambiente e intensificaram as disparidades socioeconômicas entre nações industrializadas e aquelas em desenvolvimento.

Mapa Mental 01

Mapa Mental 02

Mapa Mental 03 

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