quarta-feira, 17 de abril de 2024

Indígenas da Baixada Santista

            No período pré-colonial, antes da efetiva ocupação de Portugal no Brasil, a Baixada Santista era habitada por diversas etnias indígenas. Predominavam as etnias Guarani-M’byá e Guarani-Ñandeva.
            Atualmente, existem 27 aldeias remanescentes na Baixada Santista, de acordo com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI). Essas comunidades, situadas ao longo do litoral, preservam suas tradições e culturas enquanto enfrentam os desafios relacionados ao contato e à absorção com a ‘sociedade ocidental’. Além disso, o processo de etnogênese👈 indígena se faz presente e é essencial para a conservação e evolução sociocultural do povo indígena desta região.

            A seguir listamos algumas das 27 aldeias reconhecidas pela FUNAI na Baixada Santista:

a) Aldeia Rio Branco (Itanhaém)

            Com mais de 100 anos de existência, essa aldeia de origem guarani m’byiá possui 2.856 hectares de terras demarcadas, na Estrada Rural do Rio Branco, em Itanhaém.

b) Aldeia Itaóca (Mongaguá)

            Criada em 1991, a aldeia abriga doze famílias de índios guaranis m’byá e dezesseis de tupi-guaranis ñandeva. Vivem em 533 hectares de terras indígenas demarcadas.

c) Guaranis do Aguapeú (Mongaguá)

            Compondo doze famílias de origem guarani, esses índios são os mais isolados e reservados do litoral. Vivem no morro do Aguapeú desde 1930 e proíbem a miscigenação com outros povos. Suas terras compreendem 4.372 hectares.

1. Aldeia de Itaoca, 2. Aldeia do Rio Silveira,
3. Aldeia de Paranapuã e 4. Aldeia do Rio Branco.

d) Sítios Piaçaguera I, II e III (Peruíbe)

            Marcos do povoado de Peruíbe, os Sítios Piaçaguera I, II e III estão localizados em terras indígenas tupi-guarani. Aqui foram encontrados cachimbos, panelas, cerâmicas indígenas, conchas, telhas e faianças dos séculos XVI, XVII e XVIII. Atualmente, conta com 30 famílias tupi-guaranis em uma área de mais de 2.500 hectares. Eles vivem do cultivo de palmito, plantas ornamentais e artesanato.

e) Terras Indígenas do Rio Silveira (Bertioga)

            Na divisa de Bertioga com o município de São Sebastião, estão as terras indígenas do Rio Silveira, que hoje abrigam cerca de 500 índios da etnia guarani. A aldeia está localizada na Praia de Boraceia. Eles cultivam palmito e plantas ornamentais, produzem artesanato e promovem danças, músicas e culinária típica.

f) Aldeia de Paranapuã (São Vicente)

            Em São Vicente, existe uma aldeia indígena chamada Paranapuã. Essa aldeia está localizada dentro do Parque Estadual Xixová-Japuí e é considerada um marco da luta dos Guarani pelo direito à terra, garantido na Constituição de 1988. A Aldeia Paranapuã é habitada por indígenas de origem Guarani-M’byá e Guarani-Ñandeva. Esses grupos são oriundos das seguintes aldeias do litoral paulista: Aguapeu (de Mongaguá), Itaóca (de Itanhaém) e Piaçaguera (de Peruíbe).

 


Fontes:

https://cpisp.org.br/

https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Guarani

https://acervo.racismoambiental.net.br/2015/10/04/a-vida-dos-indios-da-baixada-santista/ 

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