Explosões estelares são espetaculares e já registramos muitas delas acontecendo no espaço profundo. Talvez, um dos maiores sonhos que cercam os observadores do céu, seja observar uma belíssima explosão estelar. Esse tipo de evento astronômico, no entanto, é muito raro e requer séculos de espera para que possamos ver um fenômeno de supernova. Bom, mas agora a humanidade pode ser que consiga finalmente ver algo assim e, de acordo com a NASA (National Aeronautics and Space Administration), um fenômeno de NOVA poderá ser avistado para observadores terrestres em setembro de 2024.
Sistema binário T Coronae Borealis(T Cr): a gigante vermelha (T CrA) e a anã branca (T CrB) |
A explosão de uma estrela classificada como “NOVA” ocorre em um sistema binário composto por uma anã branca e uma gigante vermelha. Vamos apontar aqui a dinâmica desse fenômeno utilizando como exemplo uma um sistema existente e que será testemunhada em 2024:
Sistema T Coronae Borealis
Sistema Binário: O sistema T Coronae Borealis (T Cr) é formado por essas duas estrelas. A anã branca (T CrB) tem massa semelhante à do Sol e um diâmetro cerca de 100 vezes menor. Sua estrela companheira, a gigante vermelha (T CrA), está perdendo matéria (principalmente hidrogênio) devido à forte atração gravitacional da anã branca;
Deposição de Hidrogênio: O hidrogênio da gigante vermelha é gradualmente depositado na superfície da anã branca;
Reações Termonucleares: Quando uma quantidade suficiente de hidrogênio se acumula na anã branca, ocorrem reações termonucleares. Essas reações liberam uma quantidade colossal de energia, resultando em um aumento repentino de brilho na região do espaço;
Nova Estelar: O brilho observado é o que chamamos de “nova”. Parecerá que uma estrela apareceu de repente na constelação Corona Borealis, a cerca de 3.000 anos-luz da Terra.
Em resumo, a NOVA não é uma formação estelar nem uma “morte estelar”, mas sim o resultado de reações termonucleares (fusão do hidrogênio) em um sistema binário de estrelas. Considere então que o aumento de pressão e calor na Anã Branca, alimentada de hidrogênio pela Gigante Vermelha, leva a uma erupção espetacular, semelhante às detonações de bombas de fusão atômica aqui na Terra. Durante a fusão nuclear, os átomos de hidrogênio se fundem, dando origem ao hélio, liberando muita energia no processo, mas não a destrói. O ciclo de recebimento de hidrogênio recomeça e no caso do sistema T Coronae Borealis ocorre a cada 80 anos. A próxima explosão está prevista para setembro de 2024.
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