domingo, 29 de setembro de 2024

Clima de Monções

            A Monção Asiática é considerado por muitos estudiosos como o maior sistema climático do mundo, afetando quase metade da população mundial, desde o calor escaldante da Índia até o norte gelado da Sibéria.

Índia

Bangladesh

            O clima de monções é um fenômeno climático que se manifesta de maneira mais visível nas regiões do sul e sudeste asiático:

1. Mudança sazonal bem definida: O clima de monções apresenta duas fases distintas:
  • Verão chuvoso: Durante os meses de verão, ventos úmidos vindos do oceano Índico sopram em direção ao continente. Esses ventos trazem consigo chuvas intensas, que são vitais para a agricultura e o abastecimento de água. A precipitação pluviométrica média é de 1.600 mm no período de dois meses e pode alcançar 5.000 mm em algumas regiões;
  • Inverno seco: No inverno, os ventos mudam de direção, soprando do continente para o oceano. Isso resulta em uma estação seca, com baixa umidade e pouca precipitação.
2. Áreas afetadas: As principais áreas do planeta onde ocorre o clima de monções são o Sul da Ásia (incluindo a Índia) e o Sudeste Asiático. Nessas regiões, a vida cotidiana, a agricultura e até mesmo as atividades econômicas estão profundamente ligadas às monções.


3. Origem dos ventos: Os ventos de monção têm origem nas diferenças de temperatura e pressão do ar entre as regiões continentais e o oceano. Essa variação sazonal cria um ciclo de ventos que afeta todo o clima da região.


            Portanto, quando pensamos na Ásia, não podemos deixar de considerar esse espetáculo natural das monções, que traz consigo tanto desafios quanto benefícios para as comunidades locais.




Fontes:


RESUMO E CONSIDERAÇÕES FINAIS


sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Mapa - Relevo Brasileiro

Classificação do relevo brasileiro por
Aroldo de Azevedo (geógrafo e geomorfólogo da USP)




quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Mapa Mental 26 - Brasil

IBGE 2022-2023-2024

Círculo de Fogo do Pacífico


            O Círculo de Fogo do Pacífico é uma área geologicamente agitada que circunda o maior oceano do mundo, o Oceano Pacífico. Imagine uma espécie de ferradura que se estende por mais de 40 mil quilômetros, abrangendo regiões desde o sul da Cordilheira dos Andes até a Nova Zelândia. 

Atividade Sísmica e Vulcânica

            Essa região é um verdadeiro caldeirão de fenômenos naturais. Cerca de 75% dos vulcões do mundo estão localizados no Círculo de Fogo do Pacífico. Além disso, é lá que ocorre a maior parte dos terremotos do planeta. A atividade geológica é intensa, graças à movimentação das placas tectônicas.
            As placas tectônicas envolvidas são a Placa do Pacífico (a maior do mundo), a Placa das Filipinas, a Placa Eurasiana, a Placa Indiana, a Placa de Nazca e a Placa Norte-Americana. Essas placas colidem, se afastam e deslizam umas sobre as outras, gerando terremotos, tsunamis e vulcões.

Vulcões ao longo do Círculo de Fogo.

Resumo sobre o Círculo de Fogo do Pacífico
  • Círculo de Fogo do Pacífico é uma área em forma de arco que contorna o Oceano Pacífico;
  • É conhecido também de Anel de Fogo do Pacífico;
  • Apresenta 40.000 quilômetros de extensão e 500 quilômetros, aproximadamente, de largura;
  • Abrange quase 30 países em quatro diferentes continentes;
  • Concentra a maior parte dos vulcões do planeta Terra. Além disso, lá os terremotos, maremotos e tsunamis acontecem com maior frequência do que em outras áreas;
  • Nele ficam, também, grandes cadeias montanhosas, como os Andes, e profundas fossas oceânicas, como a Fossa das Marianas;
  • É a área mais tectonicamente ativa do mundo, visto que lá acontece o encontro de várias placas tectônicas, como as placas do Pacífico, de Nasca, Sul-Americana, de Cocos e outras;
  • Trata-se de uma região que oferece risco elevado aos seus moradores e visitantes dada a imprevisibilidade da maioria dos fenômenos que acometem a região.

Círculo de Fogo e as placas tectônicas


Fontes:


quarta-feira, 25 de setembro de 2024

A Fauna dos Manguezais Paulista

            Os manguezais👈 são ecossistemas fascinantes e repletos de vida. Muitas vezes é denominado como "O Berço da Vida Costeira" ou "O Berçário do Mar". Vamos explorar alguns dos habitantes típicos dos manguezais no litoral de São Paulo.

CRUSTÁCEOS

Caranguejos: Esses crustáceos são frequentemente encontrados nos manguezais. Eles se adaptaram bem a esse ambiente, com suas patas robustas e carapaças que os ajudam a enfrentar as mudanças de maré e a busca por alimento;
Camarões: Os camarões também são habitantes comuns dos manguezais. Eles utilizam essas áreas para procriação e desenvolvimento de seus ovos, aproveitando a salinidade e os nutrientes presentes na água do mangue;
Siris: Outro exemplo é o siri, que pertence à família dos crustáceos. Eles se movimentam habilmente entre as raízes dos manguezais e são importantes na cadeia alimentar local.

Caranguejo e siri


AVES

Figuinha-do-Mangue: Essa pequena ave é frequentemente vista nos manguezais. Ela se alimenta de peixes e pequenos moluscos;
Saracura-do-Mangue: Uma ave que se camufla bem entre a vegetação do mangue e se alimenta de insetos e pequenos crustáceos;
Papa-Lagarta-do-Mangue: Como o nome sugere, essa ave se alimenta principalmente de lagartas e outros insetos;
Garça-Branca: As garças também são aves comuns nos manguezais, elegantes e frequentemente vistas à beira d’água;
Guará-Vermelho: Possui plumagem vermelha escarlate, semelhante as garças. Suas características incluem um bico longo e curvo, patas vermelhas e uma cor avermelhada intensa devido à alimentação à base de crustáceos. Em Cubatão tornou-se um símbolo da recuperação ambiental;
Colhereiro: Seu nome vem do formato de seu bico, semelhante a uma colher. Mede cerca de 19 centímetros, tem plumagem rosada, asas com manchas brancas;
Martim-Pescador-Pequeno: Mede cerca de 19 centímetros, tem plumagem verde-escura, e seu bico desproporcionalmente longo é uma característica marcante.

A - Figuinha-do-Mangue
B - 
Papa-Lagarta-do-Mangue
C - 
Colhereiro
D - 
Martim-Pescador-Pequeno

A - Guará-Vermelho
B - 
Garça-Branca
C - 
Saracura-do-Mangue


PEIXES

Tainha: A tainha é um peixe comum nos manguezais e pertence à família Mugilidae. Ela desempenha um papel importante na pesca local e na economia regional;
Tilápia: Embora a tilápia (espécie exótica invasora) seja mais associada a ambientes de água doce, algumas espécies já se adaptaram  em áreas de transição, como os manguezais;
Sardinha: As sardinhas também são frequentes nos manguezais. Esses peixes da família Clupeidae desempenham um papel ecológico relevante na cadeia alimentar local;
Bagres: Os bagres são outra categoria de peixes que habitam os manguezais. Eles pertencem à família Ariidae e são importantes tanto para a pesca quanto para o ecossistema.

A - Tainha
B - Sardinha
C - Bagre
D - Tilápia (espécie invasora)

            Além destes ainda temos o marisco (molusco bivalve), o jacaré-do-papo-amarelo, o boto-cinza e outras aves como urubus e gaviões usam os galhos do mangue para construir ninhos.

Jacaré-do-Papo-Amarelo

Marisco

            Lembrando que esses são apenas alguns exemplos, e há muitas outras espécies que também contribuem para a biodiversidade dos manguezais paulistas, e que os manguezais não são apenas habitats para essas espécies, mas também desempenham um papel vital na ecologia costeira, fornecendo alimento e abrigo para diversas outras criaturas marinhas. 

SAIBA MAIS...


Fontes:




 

Manguezais


            Os manguezais são ecossistemas litorâneos que se formam na região de entremarés, ou seja, na transição entre a terra firme e o mar. Eles ocorrem em áreas de estuários, baías ou reentrâncias, onde a água salobra é uma constante. No Brasil, esses ecossistemas se estendem da costa do Amapá até Santa Catarina.


            Aqui estão algumas características importantes dos manguezais:

Vegetação dos Manguezais

            Os manguezais apresentam plantas halófitas adaptadas para condições extremas, como solos lamacentos e elevado teor de sal. Essas plantas possuem raízes aéreas e folhas com mecanismos para excretar o excesso de sal e estratégias de propagação de suas sementes ao longo do litoral. 



As três principais espécies de mangue encontradas no Brasil são:
  • Mangue-branco (Laguncularia racemosa): É uma árvore de porte médio, com folhas ovais e raízes aéreas bem desenvolvidas;
  • Mangue-vermelho (Rhizophora mangle): Possui raízes escoras que se projetam verticalmente para sustentar a planta. Suas folhas são alongadas e brilhantes;
  • Mangue siriúba ou preto (Avicennia schaueriana): É uma árvore de menor porte, com folhas lanceoladas e raízes aéreas menos proeminentes.

Vegetação de mangue

Fauna dos Manguezais

            Embora o número de espécies vegetais seja limitado, a fauna dos manguezais é diversificada. Há uma variedade de peixes, crustáceos, aves, insetos, répteis e mamíferos aquáticos vivendo nesse ambiente.
        Os manguezais são berçários naturais para muitas espécies marinhas, contribuindo para a biodiversidade marinha. VEJA MAIS SOBRE A FAUNA  AQUI👈

Importância dos Manguezais

            Os manguezais desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio ambiental. Eles protegem as planícies costeiras da erosão e ajudam a regular o clima global.
            Além disso, esses ecossistemas são fontes de alimentos e matérias-primas para as comunidades locais, tornando sua conservação urgente.

Assista ao vídeo para saber mais:



Manguezais da região central da Baixada Santista.

Distribuição dos manguezais no mundo.



Fontes:






A Diferença entre Mangue e Manguezal

            Mangue é o termo que se refere especificamente às plantas que vivem em um ecossistema litorâneo chamado manguezal. Quando falamos de “mangue,” estamos nos referindo à vegetação que compõe esse ambiente peculiar. Essas plantas halófitas têm adaptações incríveis para sobreviverem literalmente na lama e na água salobra.

Mangue refere-se a planta que vive no manguezal.

            Já o manguezal é o ecossistema como um todo. Ele se desenvolve em regiões litorâneas, principalmente próximo à foz de rios ou em baías calmas, onde há acúmulo de sedimento rico em matéria orgânica. O manguezal é uma área de transição entre o meio marinho e o meio terrestre. Nele, encontramos não apenas as plantas (o mangue propriamente dito), mas também uma série de outros organismos que dependem desse ambiente único para sobreviver.

Manguezal é o todo. É o ecossistema (mangue, fauna, solo e marés).

            Portanto, o mangue é a vegetação específica que compõe os manguezais, enquanto o manguezal é o ecossistema completo onde essas plantas vivem.



segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Sustentabilidade

 


A Interseção dos Desafios Ambientais - Parte III

PARTE III

            No cenário atual, nossas ações negativas tem desencadeado uma série de problemas ambientais que afetam diretamente a saúde do nosso planeta. Esses impactos se manifestam de diversas formas, desde pandemias globais até a escassez crescente de recursos naturais.

Pandemias: Como a que vivenciamos recentemente, têm raízes profundas em nossas atividades humanas. O desmatamento, a urbanização desordenada e o comércio ilegal de animais selvagens aumentam o risco de transmissão de doenças zoonóticas. Além disso, a intensificação da agricultura e a invasão de habitats naturais também contribuem para o surgimento de novos patógenos;

Escassez de Água: Emerge como um desafio crítico. O crescimento populacional, a agricultura intensiva e as mudanças climáticas estão pressionando os recursos hídricos. A poluição e o desperdício exacerbam ainda mais essa situação, comprometendo a disponibilidade de água potável para bilhões de pessoas;

Industrialização: Embora tenha impulsionado o desenvolvimento econômico, trouxe consigo consequências ambientais significativas. A emissão de gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis está aquecendo o planeta, causando eventos climáticos extremos, elevação do nível do mar e acidificação dos oceanos.

            Resumindo, nossas ações têm um impacto profundo no meio ambiente. É imperativo que busquemos soluções sustentáveis, promovendo a conservação, a eficiência e a conscientização. Somente assim poderemos mitigar esses problemas e garantir um futuro mais equilibrado para as próximas gerações .


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Parte I👈

Parte II👈



A Interseção dos Desafios Ambientais - Parte II

PARTE II

        Em um mundo cada vez mais interconectado, nossas ações individuais e coletivas têm consequências significativas para o meio ambiente. A perda de biodiversidade, a geração excessiva de resíduos e o consumismo desenfreado emergiram como desafios críticos que afetam diretamente nosso planeta. Veja a seguir cada um desses aspectos:

Perda de Biodiversidade: A biodiversidade é a teia da vida que sustenta todos os ecossistemas. No entanto, nossa expansão urbana, desmatamento, poluição e mudanças climáticas têm levado à extinção de inúmeras espécies. A perda de biodiversidade não apenas empobrece nossos ecossistemas, mas também ameaça nossa própria sobrevivência. Cada planta, animal e microrganismo desempenha um papel vital na manutenção do equilíbrio ecológico;

Geração de Resíduos: Vivemos em uma sociedade movida pelo consumo. Embalagens plásticas, eletrônicos obsoletos, roupas descartadas e outros resíduos se acumulam em aterros sanitários e poluem nossos oceanos. A produção excessiva de lixo não apenas consome recursos naturais, mas também libera substâncias tóxicas no solo e na água. Precisamos repensar nossa relação com o descarte e adotar práticas mais sustentáveis;

Consumismo Desenfreado: O consumismo é incentivado pela publicidade, pela cultura do “ter” em vez do “ser” e pela busca incessante por novidades. Compramos mais do que realmente precisamos, muitas vezes sem considerar o impacto ambiental da produção e transporte desses bens. Esse padrão de consumo insustentável esgota recursos naturais finitos e contribui para as mudanças climáticas.

            Diante do exposto, podemos dizer que nossas ações negativas estão causando danos irreparáveis ao nosso planeta. No entanto, também temos o poder de reverter essa tendência. A conscientização, a educação ambiental e a adoção de práticas mais responsáveis são passos cruciais para enfrentar esses desafios e preservar a garantir a manutenção da vida em nosso planeta.


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Parte I👈

Parte III👈


A Interseção dos Desafios Ambientais - Parte I

PARTE I

            Em um mundo em constante transformação, nossa busca por recursos naturais e nosso estilo de vida moderno têm gerado impactos significativos no meio ambiente. Três áreas em particular merecem destaque: a exploração do petróleo, a agropecuária e o ambiente urbano. Esses três aspectos da nossa sociedade contemporânea, embora essenciais para o nosso bem-estar, também se tornaram fontes consideráveis de problemas ambientais.

Petróleo e suas Consequências: O petróleo, combustível vital para nossa economia global, é extraído em larga escala. No entanto, essa exploração tem consequências devastadoras. Vazamentos de petróleo em oceanos poluem ecossistemas marinhos, afetando a vida aquática e prejudicando comunidades costeiras. Além disso, a queima de combustíveis fósseis libera dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global e as mudanças climáticas;

Agropecuária e Desmatamento: A expansão da agropecuária, necessária para alimentar uma população crescente, frequentemente resulta em desmatamento. Florestas tropicais são derrubadas para dar lugar a pastagens e plantações, comprometendo a biodiversidade e liberando mais CO₂. Além disso, o uso intensivo de fertilizantes e pesticidas na agricultura pode contaminar solos e recursos hídricos;

Colapso Ambiental Urbano: A concentração de pessoas nas cidades gera diversos problemas ambientais, caso as cidades cresçam sem planejamento. Podemos destacar dois aspectos: a deficiência no escoamento das águas pluviais, que provoca grandes inundações, e a tímida existência de espaços verdes (parques, jardins e arborização inteligente). Esses espaços ajudariam tanto no escoamento das águas quanto na qualidade de vida urbana, reduzindo a poluição visual, mitigando as ilhas de calor e combatendo a poluição atmosférica.

            Em suma, nossa dependência contínua desses recursos e práticas insustentáveis está criando um ciclo vicioso de degradação ambiental. No entanto, também temos a capacidade de mudar essa trajetória. Investir em energias renováveis, adotar práticas agrícolas sustentáveis e criar cidades verdes e inteligentes são passos cruciais para mitigar esses problemas. Juntos, podemos encontrar soluções que preservem nosso planeta para as gerações futuras.

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Parte II👈

Parte III👈




terça-feira, 17 de setembro de 2024

JUDEUS X ÁRABES (Israel x Palestina)



            O conflito territorial entre judeus e palestinos tem raízes profundas (desde a expulsão dos judeus pelos romanos no 70 d.C., entre muitas outras, e o sionismo do XIX) e se intensificou após a criação do Estado de Israel em 1948. A partilha da Palestina pela ONU previa 55% do território para os judeus e 44% para os palestinos, e as cidades de Belém e Jerusalém seriam territórios internacionais devido ao significado religioso. A fundação de Israel resultou na Guerra da Independência (Nakba), com a expulsão de palestinos. A religião (ambos à utilizam para potencializar o conflito), aliada à disputa territorial e aos recursos naturais como água e áreas de plantio, continua a ser um fator central nesse conflito, inclusive com o uso de terrorismo de ambos os lados no decorrer dos anos.

            Este conflito é muito extenso e complexo e a seguir, tentaremos reunir alguns elementos para poder entende-lo minimamente.

1. TENSÕES RELIGIOSAS

            Antes da criação do Estado de Israel em 1948, a região da Palestina (que hoje compreende Israel e os territórios palestinos) era palco de tensões profundas e complexas entre judeus e palestinos. Vamos explorar essas tensões:

1. Marcos Religiosos e Históricos:

            A região da Palestina é considerada sagrada por várias religiões:
  • Para os judeus, é a Terra Prometida, conforme descrito na Bíblia hebraica (Antigo Testamento);
  • Para os muçulmanos, inclui a cidade de Jerusalém, onde está a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa, locais sagrados;
  • Para os cristãos, é o cenário de eventos bíblicos, como a vida de Jesus Cristo.
2. Movimento Sionista:
  • O sionismo foi um movimento internacional judaico que defendia a criação de um Estado nacional judaico na Palestina;
  • O sionismo ganhou força no final do século XIX e no início do século XX, especialmente após a Declaração Balfour de 1917, na qual o governo britânico manifestou apoio à criação de um “lar nacional para o povo judeu” na Palestina.
3. Conflitos e Tensões:
  • A imigração judaica para a Palestina aumentou, o que gerou tensões com a população árabe local;
  • Os árabes palestinos viam os judeus como “invasores ocidentais” e resistiam à presença judaica;
  • Essas tensões culminaram em conflitos, revoltas e confrontos entre as comunidades.
            Portanto, antes da criação do Estado de Israel, as tensões religiosas e étnicas entre judeus e palestinos já eram evidentes, marcando o início de um conflito que persiste até hoje.

2. A OCUPAÇÃO BRITÂNICA

A ocupação britânica na Palestina em 1920 está diretamente relacionada ao contexto histórico do Mandato Britânico da Palestina. Vamos explorar essa questão:

A. Origens do Mandato Britânico:
  • Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o Império Otomano foi derrotado, e a região da Palestina (que incluía o que hoje é Israel e os territórios palestinos) ficou sob controle britânico;
  • O Mandato Britânico da Palestina foi oficializado em 1920 pela Liga das Nações.
B. Promessas Contraditórias:

            Durante a guerra, os britânicos fizeram duas promessas contraditórias:
  • Ao Xarife de Meca, ofereceram a formação de um Estado árabe unido em todas as regiões do Oriente Médio onde os árabes eram maioria demográfica. Isso incluía a Palestina;
  • Através da Declaração Balfour de 1917, ofereceram ao movimento sionista a criação de um lar nacional para o povo judeu na Palestina.
C. Conflito de Interesses:
  • Essas promessas contraditórias geraram tensões entre a população árabe (que constituía 93% da população da Palestina) e os colonos judeus (cerca de 7% da população);
  • Os britânicos assumiram o controle da Palestina, mas suas decisões e políticas favoreceram o movimento sionista, o que levou a conflitos e protestos.
            Assim, temos que considerar que a ocupação britânica em 1920 faz parte desse contexto complexo, marcado por interesses divergentes e promessas não cumpridas.

3. TERRORISMO “JUDEU”

            O conflito entre judeus e palestinos na região da Palestina (hoje Israel e territórios palestinos) é complexo e tem raízes históricas profundas. Vamos explorar alguns pontos relevantes:

1. Contexto Histórico:
  • Durante o período do Mandato Britânico na Palestina (1920-1948), houve tensões crescentes entre a comunidade judaica e a população árabe.
  • Os judeus, por meio de organizações como a Haganah, buscavam estabelecer um Estado judeu na região, enquanto os árabes resistiam a essa ideia.
2. Atividades da Haganah e outros Grupos Judaicos:
  • A Haganah era uma organização paramilitar judaica que operava na Palestina durante o Mandato Britânico;
  • Inicialmente, a Haganah focava em autodefesa e proteção das comunidades judaicas;
  • No entanto, à medida que as tensões aumentaram, alguns grupos judaicos adotaram táticas mais agressivas, incluindo atos de sabotagem e terrorismo contra alvos britânicos e árabes.
3. Atentados e Ações Armadas:
  • Grupos como o Irgun e o Lehi (Stern Gang) realizaram ataques contra alvos britânicos, como quartéis e instalações militares;
  • O atentado mais notório foi o Atentado ao Hotel King David em 1946, quando membros do Irgun bombardearam o hotel em Jerusalém, resultando em muitas mortes.
4. Criação do Estado de Israel:
  • A liderança judaica na Palestina declarou a criação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948, momento em que o mandato britânico acabou;
  • No dia seguinte, Israel foi invadido por cinco exércitos árabes, marcando o início da Guerra da Independência de Israel.
            Desta forma, enquanto a maioria dos judeus na Palestina buscava a autodefesa e a criação de um Estado judeu, alguns grupos adotaram táticas mais agressivas, incluindo atos de terrorismo contra os britânicos e árabes.

4. TERRORISMO “ÁRABE”


            É importante lembrar que o conflito entre israelenses e palestinos é complexo e multifacetado, com ações violentas ocorrendo de ambos os lados. Aqui estão alguns pontos relevantes:

1. Contexto Pós-Criação do Estado de Israel (1948):
  • Após a declaração de independência de Israel em 14 de maio de 1948, os países árabes vizinhos (Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque) rejeitaram a existência do novo Estado e declararam guerra;
  • A Primeira Guerra Árabe-Israelense (1948-1949) foi desencadeada, marcando o início de uma série de conflitos.
2. Ataques e Táticas de Grupos Árabes:
  • Fedayin: Grupos palestinos, conhecidos como fedayin, realizaram ataques contra alvos israelenses e judeus;
  • Atentados a Civis: Os fedayin atacavam aldeias, fazendas e cidades, muitas vezes resultando em mortes de civis;
  • Objetivo: Essas ações visavam minar a estabilidade de Israel e criar um clima de medo e insegurança.
3. Atentados Notórios:
  • Massacre de Kfar Etzion (1948): Após a queda do kibutz de Kfar Etzion para as forças jordanianas, civis judeus que se renderam foram executados;
  • Massacre de Hadassah (1948): Durante a Batalha de Jerusalém, membros da milícia árabe atacaram o Hospital Hadassah, matando médicos, enfermeiras e pacientes judeus.
4. Consequências e Ciclo de Violência:
  • Esses ataques contribuíram para um ciclo de violência contínuo entre israelenses e palestinos;
  • A hostilidade persiste até hoje, com atentados e confrontos em ambos os lados.
        Em resumo, o terrorismo praticado por grupos árabes após a criação de Israel foi uma resposta à situação complexa e tensa na região.

5. TERRORISMO DE ESTADO


1. Conflito Israelense-Palestino e o Hamas:
  • O conflito entre Israel e o Hamas tem raízes históricas profundas, remontando à criação do Estado de Israel em 1947. Desde então, houve inúmeros episódios de violência, ataques e tensões na região entre o Estado de Israel e os grupos palestinos;
  • O Hamas é um grupo militante islâmico que controla a Faixa de Gaza e prega a destruição de Israel. Muitos o consideram um grupo terrorista, incluindo os Estados Unidos;
  • Israel, por sua vez, alega o direito à legítima defesa em resposta aos ataques do Hamas. No entanto, essa justificativa é debatida no contexto do Direito Internacional.
2. Direito Internacional e Legitimidade:
  • A Carta da ONU prevê o direito de legítima defesa, mas apenas contra Estados que tenham cometido um ataque armado. O Hamas não é um Estado, e sim um grupo militante. Portanto, o uso da força tradicional contra o Hamas não segue o prescrito pelo Direito Internacional da Guerra (jus ad bellum);
  • Além disso, o Direito Internacional não apresenta uma definição única de terrorismo. Existem várias convenções internacionais sobre o tema, mas cada país tem sua própria definição. Isso torna a classificação do Hamas como grupo terrorista uma questão complexa.
3. Apartheid e Sanções:
  • A Anistia Internacional acusou o governo israelense de submeter os palestinos a um sistema de apartheid baseado em políticas de segregação, expropriação e exclusão, que equivalem a crimes contra a humanidade;
  • Apesar disso, Israel não sofre sanções ocidentais significativas, o que também é objeto de debate e crítica.
4. Estados financiadores:
  • A rivalidade e os conflitos entre judeus e palestinos envolvem uma complexa teia de alianças, rivalidades e interesses geopolíticos. Alguns países como a Turquia, Catar e Irã foram acusados de financiar ou apoiar grupos ou ações consideradas terroristas contra Israel.
        
            A visão sobre Israel como “terrorismo de Estado” varia amplamente, dependendo do contexto, das perspectivas políticas e das interpretações do Direito Internacional e podemos citar também que alguns estados árabes podem ser vistos como colaboradores de atos terroristas na região.

OBSERVAÇÃO

            Outro elemento que devemos observar é a desproporcionalidade de forças. Enquanto Israel tem a força como nação, organizada e apoiada internacionalmente pelo Ocidente, a Palestina é um povo sem nação definida e parcialmente reconhecida, sem um exército regular organizado, que enfrenta problemas básicos de infraestrutura e social , desestruturados economicamente e apoiado de fato apenas por alguns países não-ocidentais. A relação de forças nos permite dizer que é uma relação típica de oprimidos e opressores.

sábado, 7 de setembro de 2024

Religiões Monoteístas surgidas no Oriente Médio

    

            O Oriente Médio (sudoeste asiático) é uma região muito importante para a história das religiões, pois foi lá que surgiram as três principais religiões monoteístas do mundo: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo.

Judaísmo: O Judaísmo é a mais antiga dessas três religiões. Ele começou há cerca de 4.000 anos com os hebreus, um povo que vivia na região que hoje conhecemos como Israel e Palestina. Os judeus acreditam em um único Deus e seguem os ensinamentos da Torá, que é o livro sagrado deles. Jerusalém é uma cidade muito importante para os judeus, pois é lá que ficava o Templo de Salomão, um lugar sagrado.
Cristianismo: O Cristianismo surgiu há cerca de 2.000 anos, também na região do Oriente Médio. Ele começou com os ensinamentos de Jesus Cristo, que os cristãos acreditam ser o filho de Deus. A Bíblia é o livro sagrado dos cristãos, e Jerusalém também é uma cidade muito importante para eles, pois foi onde Jesus foi crucificado e ressuscitou. O Cristianismo se espalhou rapidamente pelo mundo e hoje é uma das maiores religiões.
Islamismo: O Islamismo é a mais recente das três, surgindo no século VII na Arábia Saudita. Ele foi fundado pelo profeta Maomé, que os muçulmanos acreditam ter recebido revelações de Deus, registradas no Alcorão, o livro sagrado do Islamismo. Meca, na Arábia Saudita, é a cidade mais sagrada para os muçulmanos, e todos os seguidores do Islamismo devem tentar visitá-la pelo menos uma vez na vida. Jesus é considerado um profeta importante e aguardam seu retorno contra o anticristo.

A Estrela de Davi (Judaísmo), a Cruz (Cristianismo) e a Lua Crescente (Islamismo).

        Essas três religiões têm muitas coisas em comum, como a crença em um único Deus e a importância de Jerusalém. No entanto, elas também têm suas próprias tradições e práticas únicas, que as tornam distintas e ricas em cultura e história.




REFLEXÃO



GEO + CIÊNCIAS... SUPERVULCÕES

            Um supervulcão é um vulcão gigante que tem o potencial de produzir erupções catastróficas, milhares de vezes mais poderosas que as de vulcões comuns. Essas erupções podem ejetar enormes quantidades de cinzas, gases e lava, causando impactos globais no clima e na vida na Terra. Ao invés de um cone vulcânico típico, supervulcões formam grandes caldeiras, depressões circulares que se formam após o colapso da câmara magmática após uma erupção. A erupção de um supervulcão pode ter consequências devastadoras para o planeta, incluindo mudanças climáticas abruptas e extinções em massa.            

            Alguns exemplos de supervulcões no mundo:

  • Toba, Sumatra, Indonésia: Uma das erupções mais conhecidas ocorreu há cerca de 74.000 anos e é considerada um dos eventos mais catastróficos da história da humanidade;
  • Lago Taupo, Nova Zelândia: Este lago ocupa a caldeira de um supervulcão que teve sua última grande erupção há cerca de 26.500 anos;
  • Lago Vulkany, Kamchatka, Rússia: Localizado em uma região vulcanicamente ativa, o Lago Vulkany ocupa a caldeira de um supervulcão que entrou em erupção várias vezes ao longo da história;
  • Caldeira de Aira, Japão: Localizada na ilha de Kyushu, a Caldeira de Aira é um dos maiores sistemas vulcânicos do Japão e tem uma longa história de erupções;
  • Vulcão Yellowstone Caldera: É uma caldeira, com grande depressão circular formada pelo colapso de uma câmara magmática após uma erupção extremamente violenta. As erupções de Yellowstone são predominantemente explosivas, liberando enormes quantidades de cinzas vulcânicas e materiais piroclásticos.
  • Campi Flegrei: é uma caldeira gigante, uma depressão formada por um supervulcão há cerca de 2 milhões de anos. Essa vasta área se estende por 200 quilômetros sob a baía de Nápoles (Itália), situado em uma região densamente povoada, com aproximadamente 800 mil pessoas. A última grande erupção do Campi Flegrei ocorreu em 1538, quando criou uma nova montanha na baía de Nápoles. Desde dezembro de 2022, a atividade sísmica na área tem se intensificado, e os especialistas temem que o vulcão esteja despertando após gerações de repouso.

A erupção Hunga Tonga em 2022 é uma das maiores erupções
vulcânicas já capturadas do espaço por câmeras de satélite.
 Embora sua erupção tenha sido uma das mais violentas
e explosivas dos últimos tempos, ele não possui as características
definidoras de um supervulcão.
 
        
            


                Por que estudar supervulcões?

            O estudo de supervulcões é crucial para entender os riscos geológicos e climáticos que a Terra enfrenta. Ao compreender os mecanismos por trás dessas erupções gigantescas, os cientistas podem desenvolver modelos para prever futuras erupções e mitigar seus impactos. 

            É importante ressaltar que a probabilidade de uma erupção de supervulcão em um futuro próximo é baixa, mas não nula. A monitoração contínua desses sistemas vulcânicos é fundamental para garantir a segurança das populações e para compreender melhor a dinâmica da Terra.

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Os 10 Vulcões mais Ativos do Mundo

            Estima-se que existem cerca de 1.350 vulcões ativos no mundo. É complicado criar uma lista definitiva dos 10 vulcões mais ativos por alguns motivos:

  • Atividade Constante: A atividade vulcânica está em constante mudança. Um vulcão considerado "ativo" hoje pode entrar em um período de dormência amanhã, e vice-versa;
  • Definição de "Ativo": Não existe uma definição universalmente aceita para um vulcão "ativo"; Alguns consideram um vulcão ativo se ele entrou em erupção nos últimos 10.000 anos, enquanto outros usam períodos mais curtos.

Popocatépetl, no México, é um estratovulcão ativo. 

            No entanto, posso te apresentar alguns dos vulcões mais conhecidos e historicamente ativos, juntamente com algumas informações importantes:

Alguns dos Vulcões Mais Ativos e Conhecidos

  • Kilauea (Havaí, EUA): Um dos vulcões mais ativos do mundo, com erupções frequentes e fluxos de lava constantes;
  • Etna (Itália): O vulcão mais ativo da Europa, com erupções explosivas e emissões de lava;
  • Nyiragongo (República Democrática do Congo): Conhecido por seu lago de lava e erupções perigosas que podem produzir fluxos de lava extremamente rápidos.
  • Merapi (Indonésia): Um dos vulcões mais ativos da Indonésia, com erupções frequentes e históricas;
  • Sakurajima (Japão): Um vulcão em constante erupção, com pequenas explosões quase diárias.
  • Popocatépetl (México): Um dos vulcões mais perigosos do México, localizado perto da Cidade do México;
  • Cotopaxi (Equador): Um vulcão estratovulcão com um histórico de grandes erupções explosivas;
  • Villarrica (Chile): Um vulcão com um lago de lava ativo e frequentes erupções.
  • Stromboli (Itália): Famoso por suas erupções quase contínuas, com projeções de lava incandescente;
  • Mauna Loa (Havaí, EUA): Um dos maiores vulcões do mundo em volume, com erupções históricas que podem cobrir grandes áreas de lava.

Outros vulcões notáveis incluem:

  • Vesúvio (Itália): Famoso pela erupção que soterrou Pompeia;
  • Monte Santa Helena (EUA): Conhecido por sua erupção explosiva em 1980;
  • Krakatoa (Indonésia): Famoso por sua erupção catastrófica em 1883;
  • Pinatubo (Filipinas): Sua erupção em 1991 foi uma das maiores do século XX.



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